sexta-feira, 19 de setembro de 2008

24 - ESTÉTICA ? O QUE É ISSO?

AUTOR: Santos, Alfredo A.

Estética é um ramo da filosofia que tem por objetivo o estudo da natureza do belo e
dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que
é considerado belo,a produção das emoções pelos fenômenos estéticos,
bem como as diferentes formas de arte e do trabalho artístico; a idéia
de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas
artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se da privação da
beleza,(Estudo do FEIO) ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo
ridículo mas pode ser estético.
A estética tornou-se autonoma como ciência, separando-se da
metafísica, da lógica e da ética, com a publicação da obra Aesthética do
educador e filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, em dois
volumes, o primeiro em 1750 e o segundo em 1758. Baumgarten traz uma nova abordagem ao estudo da obra de arte, considerando que os artistas deliberadamente alteram a
Natureza, adicionando elementos de sentimento a realidade percebida.
Assim, o processo criativo está espelhado na própria atividade artística. Compreendendo então, de outra forma, o prévio entendimento
grego clássico que entendia a arte principalmente como mimesis da realidade.
Na antiguidade - especialmente com filósofos tais como Platão,
Aristóteles e Plotino - a estética era estudada fundida com a lógica e a ética.
O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançado identificando-o com o que era bom, tendo em conta os valores morais.
Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros
ramos filosóficos.
No âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais podem ser particularmente destacados:
A estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às custas da lógica e da moral - os valores humanos fundamentais: O verdadeiro, O bom, O belo.
Centrava em certo tipo de julgamento de valor que enunciaria as normas gerais do belo (ver cânone estético);
A estética assumiu características também de uma metafísica do belo, que se esforçava para desvendar a fonte original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria (Platão), manifestação sensível da idéia (Hegel), o belo ne o belo arbitrário natural (humano), etc.
Mas este caráter metafísico e conseqüentemente dogmático da estética
transformou-se posteriormente em uma filosofia da arte, onde se
procura descobrir as regras da arte na própria ação criadora (Poética)
e em sua recepção, sob o risco de impor construções a priori sobre o
que é o belo.
Neste caso, a filosofia da arte se tornou uma reflexão sobre os procedimentos técnicos elaborados pelo homem, e sobre as condições sociais que fazem um certo tipo de ação ser considerada artística.
Engana-se aqueles que não sabem definir sequer uma especialização no
ramo da Odontologia, às vezes os pacientes se sentem lesados quando
Cirurgiões Dentistas, fazem cursos de atualização em dentística e materiais restauradores modernos e dizem ou referem-se como especialistas em Odontologia Estética, transformam um ramo da Arte Moderna, tornando o ramo da Odontologia Restauradora, cuja especialização e denominada: Dentística, e dizem Odontologia Estética, outros dizem eu faço estética, referindo-se à clareamento dental ou recromia dental. O erro do século no BRASIL, profissionais que nem sequer estudaram
filosofia, lógica, escultura, cromoterapia, cerâmica, pintura,geometria tridimensional ou espacial.
Querem transformar a Odontologia em um ramo da Arte Moderna, ai não
seria a Odontologia tratada como ciência e sim um ramo da Arte.
Por esta e outras razões os Portugueses, Alemães etc. Recebem o título de Médico Dentista e os Brasileiros o título de Cirurgião Dentista, e por esta razão somos presos (Exercício ilegal da Profissão) lá somos considerados apenas como Artistas Plásticos. Está na hora de mudar!
Quando observamos com o senso critico, da percepção, da sensação das
cores e da luz incidindo sobre nossos olhos!
Podemos ver trabalhos protéticos de má qualidade, sem brilho
sem luz, sem cor, mas podemos dizer que eles são estéticos mesmo executados por falsos profissionais.
Uma das ações do artista sobre a estética é modificar a natureza, a paisagem com
formas, com cores e volume e formas criadas pelo próprio artista.
Segundo Germano Tabacof, eminente professor de Odontologia, o termo
Obturação está errado e defasado quando se trata das faces dentárias,
porém quando se trata da raiz, ou de um conduto endodôntico podemos
afirmar o termo obturação, na interpretação de Tabacof, significa
encher, socar de uma forma simplista.
Quando se trata das faces dentárias podemos afirmar que é uma
restauração, que na ótica do eminente professor quer dizer, torna-se
compatível biologicamente em cor, forma, função.
Este ramo estudado na odontologia chama-se Dentística Restauradora.
Então concluímos que este termo Estética na Odontologia, não existe.
Porque uma escultura dentária pode ser preta, branca, ou vermelha, mas
pode haver o senso Estético. Denotar o senso do belo ou trazer de
volta sua função original.
Então o que é estética, qual a denominação central para estética:
1.Ciência do belo nas produções naturais e artísticas;
2.Filosofia do belo na arte; Designação aplicada a partir do século XVIII, por Baumgarten, à ciência filosófica (Estética) que compreendeu o estudo das obras de arte e o conhecimento dos aspectos da realidade sensorial classificáveis em
termos tais como belo ou feio.
O ramo da FILOSOFIA a que se dá o nome de «estética» inclui um
conjunto de conceitos e de leis (Cânones)...
A estética é, portanto, o mesmo que filosofia da arte....
Estudando estética no curso de Especialização em Critica de Arte com o professor Romano Gallefi (Escola de Belas Artes - EBA-UFBA), dizia ele:
A estética enquanto disciplina filosófica, surgiu na antiga Grécia, como
uma reflexão sobre as manifestações do belo natural e do belo artístico....
Embora a Estética seja uma disciplina estudada por Artistas Plásticos, Filósofos, Arquitetos, Engenheiros, Designers e Criticos de Arte, ela pode ajudar os Odontólogos e Protéticos a entenderem características e distinção das cores estudando: cores complementares, cores análogas, Cores neutras, calor das cores, Efeito luminoso, Matiz, Intensidade de luz, Textura e Brilho.
Participando do 1º Congresso Nacional de Cores na Bahia, realizada pelo Centro de Pesquisas e Documentação da Arte Moderna e Pós-Moderna em 1981, pude conversar e interargir com grandes mestre e estudiosos das cores, tais como o Professor Simão Goldmam que fazia uma síntese do seu livro “ A psicodinâmica das Cores”, o professor Israel Pedrosa, com seu belíssimo livro “ Da cor à cor inexistente” que dizia assim A cor não tem existência material, é apenas sensação produzida por organizações nervosas sob a ação da luz. Mais precisamente, é a sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão, o olho.

Seu aparecimento está condicionado à existência da luz, objeto físico agindo como estímulo e o olho, aparelho receptor, que funciona como decifrador do fluxo luminoso, decompondo e alterando através da função seletora da retina. Existe uma patologia denominada Daltonismo, onde o paciente enxerga as cores de forma distorcidas, percebendo apenas as cores vermelha e verde como cinza.

A sensação é chamada de colour vision e o estímulo é conhecido por hue, teinte, matiz. Os estímulos causam as sensações cromáticas e praticamente se dividem em cores de luz e cores de pigmentos.

As cores de luz, ou luz colorida, é a radiação luminosa visível que tem como síntese aditiva a luz branca. Sua melhor expressão é a luz solar, por reunir de forma equilibrada todos os matizes existentes na natureza.

A cor pigmento é a substância material. É a própria tinta que conforme sua natureza absorve, refrata e reflete os raios luminosos componentes da luz que se difunde sobre ela. Isto é, a cor chamada de verde é aquela que absorve quase todos os raios da luz branca incidente no objeto e reflete para nossos olhos apenas as tonalidades dos verdes.
A cor que absorve todas as outras, não refletindo nenhuma, é o preto puro.

Referencias:

1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9tica.

2. http://www.consciencia.net/filosofia/estetica.html.

3. Aristóteles. Poética. São Paulo. Ed. Ars Poética. 1993.

4. Hegel, G. W. Cursos de Estética. São Paulo: Edusp, 2001/06. 4 vols.

5. Suassuna, Ariano. Iniciação á Estética. Rio de Janeiro. Ed. José Olympio,2004

6. Tabacof, Germano, Princípios Gerais do Preparo de Cavidades.
Salvador, Universidade Federal da Bahia, 1971.

7. Israel Pedrosa. Da cor à cor inexistente, 9ª Edição 1980.

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